A palavra depressão tem sido muito utilizada atualmente, mas será que tem sido utilizada de forma correta? Você sabe o que é depressão?
É comum encontrarmos pessoas que dizem estar deprimidas diante de circunstâncias que estejam enfrentando, mas é muito importante estarmos atentos à diferença entre tristeza e depressão.
Durante a vida passamos por algumas situações que podem nos deixar de “baixo astral”, “mal humorados”, tristes (ex: receber um diagnóstico indesejado, a perda do emprego, a discussão com alguém querido, um projeto que não deu certo) mas é importante entendermos que a tristeza é uma reação emocional natural diante de um momento difícil ou diante da frustração com o que não saiu como o planejado.
A tristeza causada por alguma situação, apesar de causar sensação desagradável, é importante e pode ser útil pois nos faz refletir, nos tira da zona de conforto e nos proporciona momentos de aprendizagem para revermos pensamentos, comportamentos e assim conseguirmos nos adaptar à novas situações e restabelecer nosso equilíbrio. O natural é que essa tristeza vá se dissipando com o tempo para que consigamos dar sequência em nossa rotina.
Quando a tristeza começa a “sair do controle”, passa a ser persistente e se estender por um longo período, ela pode dar lugar à depressão, que ao contrário do que muitos pensam, não é “frescura” e sim um problema de saúde que requer tratamento.
Segundo o dicionário Aurélio, depressão é “enfraquecimento, abatimento, físico ou moral, perturbação mental caracterizada pela ansiedade e pela melancolia, estado patológico de sofrimento psíquico assinalado por um abaixamento do sentimento de valor pessoal, por pessimismo e por uma inapetência face à vida”.
A depressão pode ser classificada em leve, moderada e grave, e em todas elas o indivíduo usualmente sofre de humor deprimido (sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimentos de culpa), perda de interesse e prazer (também nas atividades antes consideradas agradáveis) e energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída. É comum haver cansaço marcante mesmo após esforços leves. O tempo para a execução das tarefas pode se tornar mais lento.
Outros sintomas comuns são:
São frequentes e temíveis as ideias de suicídio. Os pensamentos relativos à morte devem ser investigados, uma vez que essa conduta poderá prevenir atos suicidas, dando oportunidade ao doente de se expressar a respeito.
Caso esses sintomas comecem a ser recorrentes e tragam prejuízos ao dia a dia, é importante e necessário buscar ajuda de profissionais que cuidam da saúde mental. O médico psiquiatra e o psicólogo são os responsáveis por este cuidado.