SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO DE 1º A 7 DE AGOSTO

03/08/2020 | Acontece no CER, Aconteceu no CER

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO

Amamentar é um processo que envolve uma interação profunda entre mãe e bebê, que podem repercutir no estado nutricional da criança, em sua imunidade, em sua fisiologia, no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mamãe.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo (AME) (quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos) por 6(seis) meses, e complementado até os dois anos ou mais.

OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO – AME

  • Evita Mortes Infantis –Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo;
  • Evita diarreia –Há fortes evidências de que o leite materno protege contra a diarreia. É importante destacar que essa proteção pode diminuir quando o aleitamento materno deixa de ser exclusivo. Oferecer à criança amamentada água ou chás, prática considerada inofensiva até pouco tempo atrás, pode dobrar o risco de diarreia nos primeiros seis meses.
  • Evita Infecções Respiratórias –A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários estudos realizados em diferentes partes do mundo; a proteção é maior quando a amamentação é exclusiva nos primeiros seis meses. Além disso, a amamentação diminui a gravidade dos episódios de infecção respiratória.
  • Diminui o risco de alergias –Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes.

Assim, retardar a introdução de outros alimentos na dieta da criança pode prevenir o aparecimento de alergias, principalmente naquelas com histórico familiar positivo para essas doenças.

  • Diminui o risco de hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes –Há evidências sugerindo que o aleitamento materno apresenta benefícios a longo prazo. Não só o bebê que é amamentado adquire proteção contra diabetes, mas também a mulher que amamenta. Estudos sugerem uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo II para cada ano de lactação.

A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos quatro meses) pode levar ao risco de Diabetes mellitus Tipo I. Estima-se que 30% dos casos poderiam ser prevenidos se 90% das crianças até três meses não recebessem leite de vaca.

  • Reduz a chance de obesidade –Estudos constatam menor frequência de sobrepeso/obesidade em crianças que foram amamentadas.
  • Melhor nutrição –O leite materno é capaz de suprir sozinho todas as necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis meses, e continua sendo uma importante fonte de nutrientes no segundo ano de vida, especialmente de proteínas, gorduras e vitaminas.
  • Efeito positivo na inteligência – Há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. A maioria dos estudos conclui que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto quando comparadas com as não amamentadas, principalmente as de baixo peso ao nascimento.
  • Melhor desenvolvimento da cavidade oral –A atividade que a criança faz para retirar o leite da mama é muito importante para o desenvolvimento adequado de sua cavidade oral, propiciando uma melhor formação do palato duro (céu da boca), o que é fundamental para o alinhamento correto dos dentes e uma oclusão dentária correta.

O uso de chupetas e mamadeiras podem prejudicar a cavidade oral da criança, pois, fazendo uso dos mesmos, o palato é empurrado para cima, o assoalho da cavidade nasal se eleva, com diminuição do tamanho do espaço reservado para a passagem do ar, prejudicando a respiração nasal.

O desmame precoce pode levar à ruptura do desenvolvimento motor-oral adequado, podendo prejudicar as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má-oclusão dentária, respiração bucal e alteração motora-oral.

  • Proteção contra câncer de mama –Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na prevalência de câncer de mama. Estima-se que o risco de contrair a doença diminua 4,3% a cada 12 meses de duração de amamentação. Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa.
  • Menores custos financeiros –Não amamentar pode significar sacrifícios para uma família com pouca renda. A esse gasto devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças não amamentadas.
  • Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho – Acredita-se que a amamentação traga benefícios psicológicos para a criança e para a mãe. Uma amamentação prazerosa, os olhos nos olhos e o contato contínuo entre mãe e filho fortalecem os laços afetivos entre eles, oportunizando intimidade, troca de afeto e sentimentos de segurança e de proteção na criança e de autoconfiança e de realização na mulher.

A amamentação é uma forma muito especial de comunicação entre a mãe e o bebê; e uma oportunidade de a criança aprender muito cedo a se comunicar com afeto e confiança.

O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que as crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, bem como menos gastos e situações estressantes. Além disso, quando a amamentação é bem sucedida, mães e crianças podem estar mais felizes, com repercussão nas relações familiares e, consequentemente, na qualidade de vida dessas famílias.

Este material foi elaborado pela equipe de fonoaudiólogos do Hospital Nossa Senhora da Saúde e CER Diamantina:

Alessandra Araújo Freitas Taipinas – CRFa 6-1835

Alessandra dos Santos – CRFa 6-7646

Desiane Nunes Lopes Soares – CRFa 6-8556

Flávia Barbosa Fernandes – CRFa 6-6236

Grazielle de Sena Madureira – CRFa 6-6806

Jade Ferreira de Oliveira – CRFa 6- 8525

Luana Maria Coelho – CRFa 6-8870

Ria de Cassia Cordeiro de Souza – CRFa 6-9922

Viviane Araujo Neves Xavier – CRFa 6-1820

 

Referencial Teórico

https://aps.saude.gov.br/ape/corona

https://aps.saude.gov.br/noticia/7717

https://www.babiesfirstlactation.com

https://www.guiadobebe.com.br/seu-leite-pode-salvar-vidas/

https://www.maedeguri.com.br/chupeta-e-mamadeira-nao-fala-fono/

https://www.maesdepeito.com.br/como-preparar-os-seios-ainda-na-gestacao-para-a-amamentacao-informe-se/

http://residenciapediatrica.com.br/detalhes/115/aleitamento-materno–tecnica–dificuldades-e-desafios

SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Caderno de Atenção Básica, nº 23. Ministério da Saúde. Brasília – DF. 2009.