No atendimento a crianças e adolescentes é condição imprescindível a presença de um familiar ou responsável/cuidador. Quando se trata de um adulto com deficiência, observa-se que o mesmo geralmente torna-se dependente e demanda um cuidador para acompanhá-lo nas terapias.
Ao longo do tratamento, observa-se que a parceria entre o profissional e o responsável é fundamental para efetivação e evolução do tratamento, pois, a partir do momento em que o familiar/cuidador identifica bem a demanda e repassa ao profissional, esse consegue ampliar suas intervenções a outros ambientes, ou seja, quanto mais efetiva é a participação do responsável, maiores são as possibilidades de intervenção.
Com exceção de casos graves (em que o paciente apresente-se muito debilitado ainda e profissional não consegue extenuar as intervenções para fora do ambiente terapêutico), o familiar/cuidador pode atuar como co-terapeuta, auxiliando e realizando intervenções programadas. É importante ressaltar, que embora o familiar seja fundamental na programação/realização das intervenções, ele também apresenta limitações e tem suas próprias necessidades e podem apresentar conflitos psicológicos, sentimentos de aflição, medo e insegurança, que são comuns quando se vivencia a experiência de cuidar.
É de extrema importância que os familiares dosem o grau de exigências em relação ao paciente e também ao tratamento, para não cobrar mais do que ele pode realizar em dado momento. É importante também não abandonar o paciente ou excluí-lo da vida familiar. Quando a família conhece bem o diagnóstico, incluindo tratamento e prognóstico, ela se torna uma aliada eficiente para a terapêutica trabalhada pela equipe multiprofissional e favorece consideravelmente o processo de reabilitação e a qualidade de vida do paciente e seus familiares.