CANTINHO DA TERAPIA OCUPACIONAL

06/06/2017 | Cantinho da Terapia Ocupacional

VAMOS FALAR DE ATRASO DE DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR (ADNPM)?

Como a Terapia Ocupacional pode contribuir nessas limitações?

O Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor (ADNPM), conforme o abordado por Torquato (2011) consiste em limitações nos aspectos neurológicos, psíquicos e motores devido a diversos fatores que tornam mais lento o desenvolvimento da criança.

Uma criança adquiri gradualmente suas habilidades latentes com o crescimento. De etapa em etapa as aquisições motoras iniciais vão sendo modificadas, elaboradas e adaptadas para padrões e habilidades de movimentos mais finos e seletivos.

Devemos destacar que há maior vulnerabilidade biológica a atrasos lactentes que tiveram condições desfavoráveis ao nascimento e ainda sofrem adversidades ao longo do primeiro ano de vida. Segundo Halpern (2002) são diversos os fatores responsáveis por tal aspecto:

  • Renda mensal familiar;
  • Pré natal;
  • Índice de peso da criança;
  • Saneamento básico;
  • Vacinação;
  • Orientação sobre o desenvolvimento;
  • Condições nutricionais;
  • Fatores genéticos ;

O ADNPM segundo Matsuo (2006) pode gerar distúrbios associados aos campos visual, auditivo, motor e intelectual. Devido a isso é importante que se detecte precocemente tais alterações para que a intervenção possa ocorrer nos períodos oportunos.

O tratamento vai de acordo com a demanda de cada criança e em quais habilidades houve mais déficit/alterações.

Existem algumas instituições que podem fornecer apoio as famílias e crianças, como o CER de Diamantina, que possui reabilitações nestas quatro áreas que o ADNPM afeta.

A Terapia Ocupacional tem papel fundamental dentro de uma equipe multidisciplinar na estimulação de crianças com esta condição de saúde. As intervenções da Terapia Ocupacional de acordo com Souza e Marino (2013) terão como objetivo reabilitar a criança para que o desenvolvimento se iguale ao esperado para sua faixa etária. Ou seja, maximizando o desempenho ocupacional, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e brincar. Para isso, estes profissionais utilizam de abordagens lúdicas e do brincar terapêutico como estratégia de intervenção.

A família também tem papel importante neste processo de tratamento, dando suporte para os profissionais envolvidos e para criança.

 

REFERENCIAS:

  • MATSUO, T. Fatores perinatais associados ao desenvolvimento neuropsicomotor de recém-nascidos de muito baixo peso. Pediatria (São Paulo) 2006;28(2):98-108.
  • SOUZA, A. C.; MARINO, M.S.F. Atuação do Terapeuta Ocupacional com criança com atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 21, n. 1, p. 149-153, 2013
  • TORQUATO, J.A. et al. Prevalência de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor em pré-escolares. Rev Bras Crescimento Desenvolvimento Hum. 2011; 21(2): 259-268
  • HALPERN, R. et al. Fatores de risco para suspeita de atraso no  desenvolvimento neuropsicomotor aos 12 meses de vida. Rev. Chil. Pediatr. 73 (5); 529-539, 2002.