Ansiedade: que mal é esse?

04/08/2017 | CER Informa

Nos dias atuais tornou-se comum as pessoas se dizerem ansiosas pelo fato de não conseguirem esperar, sentirem-se impacientes e terem sintomas como insônia, angústia e irritabilidade.

Atualmente as informações chegam muito rápido, a tecnologia diminui distância e tempo. Se antigamente esperavam-se dias para receber uma carta, hoje instantaneamente pode-se receber um e-mail com tal conteúdo.  Tudo isso  pode fazer com que o ser humano tenha novas sensações a respeito do tempo e queira antecipar tudo e/ou diminuir o tempo de execução de qualquer tarefa; mas quando ocorre uma predominância de sintomas ansiosos, o que até então era simplesmente “ganhar tempo”, pode caracterizar-se como um Transtorno de Ansiedade ou Síndromes Ansiosas.

O Transtorno de ansiedade generalizada, por exemplo, caracteriza-se pelo fato de o paciente ter sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias por várias semanas e usualmente por vários meses. Tais sintomas devem conter elementos de apreensão (preocupações sobre desgraças futuras, sentir-se no limite, dificuldade de concentração, etc.); tensão motora (movimentação inquieta, cefaléias tensionais, tremores, incapacidade de relaxar) e hiperatividade autonômica (sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia ou taquipnéia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca, etc.).Também podem aparecer sintomas de depressão.

As crises de pânico são intensas crises de ansiedade e nelas podem aparecer sintomas como taquicardia, sudorese, tremores, dispnéia, náuseas, fogachos, formigamentos  em membros e/ou lábios.

Na ansiedade de base orgânica (consequente a uma doença ou condição orgânica) é frequente a presença da irritabilidade e da labilidade do humor.

Como se vê, a ansiedade tem diversas faces, por isso é importante que se atente à presença dos sintomas descritos acima e aos impactos que eles podem causar na saúde e na qualidade de vida.

Muitas vezes a pessoa se sente impelida a “seguir o fluxo”, mas é necessário que se pense sobre as pequenas atitudes diárias que podem interferir em suas emoções e assim, transformar os fatos geradores de ansiedade. Isso é importante para que não se estabeleça esse transtorno que vem sendo cada vez mais frequente na sociedade e tanto mal causa à saúde das pessoas (tanto de quem sente quanto daqueles que lhes são próximos).

Ansiedade tem tratamento e cura. Diante da identificação desses sintomas, o primeiro passo é procurar um profissional da saúde (psiquiatra ou psicólogo), o qual pode diagnosticar e oferecer o tratamento mais adequado.

 

Referências bibliográficas:
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre. Artmed, 2000.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas – Coord. Organiz. Mund. Da Saúde; trad. Dorgival Caetano. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.