O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?

05/06/2019 | CER Informa

Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos.

Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 40 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas.

Não se conhecem ainda as causas da doença, sabe-se,  porém, que a evolução difere de uma pessoa para outra e que é mais comum nas mulheres e nos indivíduos de pele branca que vivem em zonas temperadas.

O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a ressonância magnética.

Dados sobre EM

SINTOMAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

A fase inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana.

Tais características fazem com que o paciente não dê importância às primeiras manifestações da doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas vão e voltam independentemente do tratamento.

A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando leves sintomas sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, motores e cerebelares de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.

Esclerose Múltipla e Depressão

Há amplas provas de que as pessoas com EM têm maior risco de ter depressão, em todas as formas, do que a população em real. Estima-se que, em qualquer época, uma em sete pessoa com EM está sofrendo uma depressão grave.  Aproximadamente 50% delas  terá um episódio de depressão grave durante o curso da doença, enquanto a ocorrência na população geral é 5-15%. O distúrbio bipolar é menos comum do que a depressão grave isolada, ocorrendo em cerca de 15% das pessoas com EM.

Há grande controvérsia em relação à frequência estimada da depressão severa na EM. O diagnóstico de depressão é altamente técnico requer a existência de um conjunto específico de sintomas em um período de tempo igualmente específico. Além disso, muitos dos sintomas da depressão podem ser facilmente confundidos com os sintomas e efeitos da EM. Por exemplo, os sintomas da depressão incluem fadiga, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e sensação de inutilidade. Esses sintomas são, muitas vezes, parte do quadro da EM também. Portanto, pode ser muito difícil diagnosticar um episódio de depressão grave em um portador de EM.

Tendo em mente os fatos acima, é importante lembrar que a EM é uma doença psicologicamente desafiadora, e seus pacientes correm risco maior de ter uma variedade de complicações emocionais do que a população geral. As pessoas que lidam com EM, tanto aquelas que a tem quanto as envolvidas com alguém que a tem, precisam estar alertas à necessidade potencial de ajuda, principalmente de ajuda profissional especializada.

Lidando com o impacto emocional da EM

Terapia é uma ferramenta eficaz para ajudá-lo a lidar com as emoções que surgem em todas as fases da doença, desde o diagnóstico até os estágios posteriores à medida que a doença progride. Nos estágios iniciais da EM, você pode se sentir sobrecarregado pelo que está acontecendo com você. Embora cada indivíduo tenha seu próprio modo de lidar com os sentimentos que surgem nesse momento e mais tarde, o aconselhamento pode ser um recurso valioso para negociar sentimentos que normalmente incluem choque, negação, confusão, raiva e ansiedade. A terapia também pode ser útil quando você começa a compartilhar informações sobre seu diagnóstico com amigos e familiares.

Fonte:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCLEROSE MÚLTIPLA. Disponível em: http://www.abem.org.br/.

AME – Amigos Múltiplos.

Disponível em www.amigosmultiplos.org.br