No dia 02 de abril foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Esse dia foi definido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 18 de dezembro de 2007 para que haja maior conscientização sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Durante o mês de abril todas as pessoas envolvidas (familiares, profissionais da saúde e professores) com quem apresenta o diagnóstico de TEA mobilizam-se bastante para deixar mais claro à população o que significa esse transtorno. Trata-se de uma mobilização cada vez mais crescente (não só nesse dia) haja vista a expressiva ocorrência do TEA na população. Existem estimativas de que o TEA afete 1% da população e seja quatro vezes mais prevalente entre homens do que entre mulheres.
O TEA, de acordo com o CID 10, é “um transtorno invasivo do desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta anters da idade de anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.”
Os critérios diagnósticos do TEA segundo o DSM 5 são:
1) déficits persistentes na comunicação social e nas interações, clinicamente significativos manifestados por: déficits persistentes na comunicação não-verbal e verbal utilizada para a interação social; falta de reciprocidade social; incapacidade de desenvolver e manter relacionamentos com seus pares apropriados ao nível de desenvolvimento.
2) padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos dois dos seguintes: estereotipias ou comportamentos verbais estereotipados ou comportamento sensorial incomun, aderência excessiva à rotinas e padrões de comportamento ritualizados, interesses restritos.
3) Os sintomas devem estar presentes na primeira infância (mas podem não se manifestar plenamente, até que as demandas sociais ultrapassem as capacidades limitadas).
4) Os sintomas causam limitação e prejuízo no funcionamento diário.
É importante ressaltar que os sintomas podem aparecer em diferentes graus e que cada pessoa pode manifestá-los de diferentes formas. O mais importante diante da suspeita de TEA é procurar logo um profissional para verificar os sintomas. Caso a pessoa não tenha o diagnóstico fechado, mas apresente sintomas que sugiram o TEA, é preciso iniciar um tratamento. No caso de crianças, quanto mais rápido começarem os tratamentos, melhor as possibilidades de resposta.
Não se fala em cura para o TEA, mas sim em tratamentos para auxiliar em todas as demandas que a pessoa com TEA apresente. Diante disso, para melhor inclusão e atendimento às necessidades da pessoa com TEA e seus famíliares é necessário ampliar o conhecimento e eliminar os preconceitos, ampliando o sentimento de pertença e fazendo com que todos usufruam de seus direitos no uso dos recursos comunitários com a acessibilidade de que necessitem.
O CER de Diamantina apoia essa causa, oferecendo tratamento e buscando cada vez mais a inclusão das inúmeras pessoas, principalmente crianças, que apresentam o diagnóstico de TEA, as quais são atendidas diariamente no serviço de Reabilitação Intelectual.